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Cuidado com a Lagarta do Pinheiro!
04 de Fevereiro de 2020

Já tivemos vários casos este ano e podem aparecer mais até meados de Abril.

Os pinheiros e cedros hospedam uma lagarta, vulgarmente conhecida por lagarta do pinheiro ou processionária.

As lagartas, normalmente entre Fevereiro e Março, descem das copas das árvores até ao solo em procissão.

São muito vistosas, de cor alaranjada com pêlos urticantes que se vão libertando.

São responsáveis por problemas alérgicos muito graves nos animais de estimação quando estes as lambem ou cheiram.

Os animais devem ser tratados com urgência para travar os sintomas alérgicos. como a necrose da língua, lábios e cegueira.


Sintomas:

  • Focinho inchado, babam-se, inchaço da língua ( por vezes azulada), comichão, dor intensa ao tentar abrir a boca e vómitos.
  • Mais raramente: tosse, dificuldade respiratória e asfixia.
  • Nos casos mais avançados pode haver queda duma porção da língua ou da sua totalidade dificultando ou mesmo impedindo a sua alimentação.
  • Caso o animal tenha sido afectado, deverá ser tratado com urgência para evitar que as lesões se agravem e se tornem irreversíveis.

 

Ninhos da lagarta na copa dum pinheiro.

 

 

 

"Ontem ao passear pela Serra da Arrábida com a nossa cadela Fresca, detectei, pela primeira vez este ano, na copa de um pinheiro uma mancha branca que mais parecia o algodão doce que se vende nas feiras para as crianças.
 
Percebi que não tarda para que as lagartas desçam dos seus ninhos, fazendo as típicas procissões de lagartas (por isso lhes dão o nome de processionárias).
 
São bonitas, coloridas e peludas e também por serem muitas chamam a atenção dos nossos animais, que curiosos se aproximam cheirando-as. E pronto, aí começam os graves problemas desde a urticária, inflamação da boca e lesão da língua podendo provocar mesmo necrose.
 
 Enquanto me afastava do ninho, continuando o nosso passeio, relembrei-me de tantos casos que me passaram pelas mãos tão dolorosos para os animais e para os seus donos.
 
Animais que ficaram sem a ponta da língua e outros sem mesmo a metade da língua o que lhes dificultava muito a alimentação e a ingestão de água, sendo também uma situação tão penosa para os seus donos e com tanto sofrimento para ambos.
 
Apesar do esforço todos se adaptaram e conseguiram encontrar uma forma própria de fazerem a apreensão da água e dos alimentos.
 
Estava quase a chegar a casa e decidida a alertar todos os nossos clientes para este perigo que se avizinha de modo a evitar mais um ano de dissabores.
 
A Fresca abanava a cauda, olhei para ela agradecida pela companhia que nos faz cada dia."

 


Perigo para os animais em zona de Ninhos da Lagarta do Pinheiro.

     

 

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